Durante muito tempo as "estrelas cadentes" foram interpretadas como
corpos atmosféricos misteriosos e atribuía-se-lhes o prenúncio de
eventos maléficos. Os gregos sabiam já que este fenómeno não
correspondia à mudança ou queda de estrelas reais, pois estas eram fixas
e distantes, mas não encontraram uma explicação para os rastos
luminosos do firmamento.
Sabe-se hoje que o conhecido fenómeno das "estrelas cadentes" ou meteoros, como correctamente deve ser designado, é produzido por pequenos corpos, não maiores que uma ervilha, que, gravitando em torno do Sol, ao atingirem em grande velocidade a atmosfera terrestre, tornam-se incandescentes pelo choque com as moléculas de ar, reduzindo-se na maioria a pó antes de alcançarem o solo. Os maiores, resistindo ao calor da fricção, conseguem chegar até nós: são os meteoritos que podem ser admirados nas colecções dos museus de História Natural. Quando no espaço interplanetário, antes de atingirem a atmosfera terrestre, estes corpos têm a designação de meteoróides.
Partícula de Brownlee observada em microscópio electrónico de varrimento; tamanho da barra 10 microns. (cortesia Donald Brownlee).
Muitas
partículas largadas pelos cometas dispersam-se em enxames ou correntes
por todos os lados, podendo acontecer que cruzem a atmosfera
terrestre. Muitas, com dimensões milimétricas ou microscópicas, atingem
os oceanos e os continentes, enquanto outras ficam suspensas na
estratosfera. Há muito que os cientistas vêm recolhendo e analisando
este material. Chamadas de “partículas de Brownlee” - do nome do
cientista que inicialmente as estudou e responsável chefe da missão da
NASA “Stardust” que brevemente irá trazer até nós partículas recolhidas
no cometa Wild 2 - a sua composição tem sido determinada com o auxílio
de potentes microscópios electrónicos e microssondas, correspondendo a
compostos carbonáceos pouco ou nada alterados e representando o
material primordial que compôs a nébula de gás e poeira que esteve na
origem do sistema solar. Com os resultados das sondas que visitaram o
cometa de Halley em 1986, verificou-se que a composição daquelas
partículas era a mesma que a parte rochosa dos núcleos cometários.
Apresentam uma fracção orgânica rica em carbono, hidrogénio, oxigénio e
azoto - designada por CHON, das iniciais daqueles elementos - e
agregados micrométricos de silicatos de magnésio, cálcio e alumínio,
bem como partículas de ferro e níquel.
Sabe-se hoje que o conhecido fenómeno das "estrelas cadentes" ou meteoros, como correctamente deve ser designado, é produzido por pequenos corpos, não maiores que uma ervilha, que, gravitando em torno do Sol, ao atingirem em grande velocidade a atmosfera terrestre, tornam-se incandescentes pelo choque com as moléculas de ar, reduzindo-se na maioria a pó antes de alcançarem o solo. Os maiores, resistindo ao calor da fricção, conseguem chegar até nós: são os meteoritos que podem ser admirados nas colecções dos museus de História Natural. Quando no espaço interplanetário, antes de atingirem a atmosfera terrestre, estes corpos têm a designação de meteoróides.
Partícula de Brownlee observada em microscópio electrónico de varrimento; tamanho da barra 10 microns. (cortesia Donald Brownlee).
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